terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Reflexão sobre as touradas

Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada. A violência, o sangue, a crueldade, tudo o que humilha e desrespeita a vida jamais poderá ser considerado “arte” ou “cultura”. A violência é a negação da inteligência.
Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que estejam presentes na tradição), como acontece nas touradas.
É degradante ver que nas praças dos touros tortura-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.
Os cavaleiros afirmam que gostam muito dos seus cavalos, contudo estes são inúmeras vezes feridos pelos touros, que devido à tortura sofrida durante a tourada, tomam o cavalo como inimigo, ao contrário do que aconteceria na natureza.
Os cavalos sentem medo e sofrem, uma vez que saem da arena a sangrar.
Mesmo quando não são feridos pelo touro, são feridos pelo cavaleiro que usa as esporas para obrigar o cavalo a obedecer.
Portugal não pode continuar a permitir este tipo de actividade!
Para além do sofrimento causado ao touro, é um desperdício a nível económico, uma vez que são precisos dois hectares de terreno, o que equivale a dois campos de futebol, para a prática desta acção.
O que agrava a situação é o facto dos espaços que são utilizados para esse tipo de actividade não serem aproveitados para produção agrícola, frutícola etc.
Tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos continuam a ser motivo de divertimento e satisfação para os espectadores.
Como pode continuar tamanha barbaridade como esta, das touradas, no século XXI?
Não há qualquer justificação moral para causar o sofrimento a um animal para fins de entretenimento.
O prazer em ver tal “espectáculo” e a indiferença ao sofrimento do animal só pode ter origem em três factores: falta de cultura, falta de educação ou falta de carácter.
É necessário mudar de atitude, é necessária mais sensibilidade e mais consciência.







       Postado por:
       
       Beatriz Barros

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